Fernando Sabino (1923-2004), nascido em Belo Horizonte, mudou-se ainda jovem para o Rio de Janeiro, tornando-se muito conhecido por seus contos e romances, com os quais ganhou importantes prêmios literários, como o Jabuti. Foi também jornalista e editor, e fazia parte de um grupo de intelectuais que se reunia para discutir produções literárias e fatos culturais da época. Eram eles: Hélio Pellegrino, Paulo Mendes Campos e Otto Lara Resende. Com uma produção considerável no campo da crônica, atuou durante longos períodos em diversos jornais, com destaque para o Jornal do Brasil e O Globo. |
Paulo Mendes Campos (1922-1991), nascido em Belo Horizonte, mudou-se para o Rio de Janeiro aos 23 anos. Tornou-se cronista em periódicos renomados, como Correio da Manhã, Jornal do Brasil e Diário Carioca, e em revistas, como Manchete. Poeta e tradutor, suas crônicas são dotadas de um lirismo ímpar, além de se ocuparem, em grande medida, da vida carioca, reverenciando nomes como os de Lamartine Babo e Mané Garrincha, ambos retomados nesta antologia. |
Rubem Braga nasceu em Cachoeiro do Itapemirim, Espírito Santo, em 1913. Ainda estudante, aventurou-se no jornalismo escrevendo uma crônica por dia no Diário da Tarde. Como repórter, trabalhou para os Diários Associados na cobertura da Revolução Constitucionalista de 1932. Mesmo depois de formado em Direito, seguiu produzindo crônicas, desta vez para O Jornal.Mudou-se para o Recife e passou a escrever para o Diário de Pernambuco. Fundou, no Rio de Janeiro, o jornal Folha do Povo, tomando partido na Aliança Nacional Libertadora (ANL). Em 1936, lançou o seu primeiro livro de crônicas, O Conde e o Passarinho. Em 1938, fundou, junto com Samuel Wainer e Azevedo Amaral, a revista Diretrizes. Foi correspondente do Diário Carioca na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, tendo tomado parte na campanha da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália, em 1945. No período de 1961 a 1963, foi embaixador do Brasil no Marrocos.Considerado um dos maiores cronistas brasileiros, Rubem Braga publicou diversos livros, entre eles Crônicas do Espírito Santo e Coisas Simples do Cotidiano.Braga adorava a vida ao ar livre. Morava em um apartamento de cobertura, em Ipanema, onde mantinha um jardim completo com pitangueiras, passarinhos e tanques de peixes.Em seus últimos anos de vida, publicou suas crônicas aos sábados n’O Estado de São Paulo. Foram 62 anos de jornalismo e mais de 15 mil crônicas escritas antes de falecer, no Rio de Janeiro, em 19 de dezembro de 1990.Além dos livros, a Global disponibiliza diversos conteúdos exclusivos em seu blog: entrevistas, críticas literárias, resenhas, vídeos, notícias e muito mais. |
Augusto Massi é graduado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1983), mestre em Literatura Espanhola e Hispano-America (1992) e doutor em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (2004). Desde 1990, trabalha como professor de Literatura Brasileira na Universidade São Paulo. Tem atuado como poeta, crítico e editor com ênfase em publicações relacionadas a poesia modernista (Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Murilo Mendes, Raul Bopp e João Cabral de Melo Neto), crônica e memorialismo (Machado de Assis, Lima Barreto, Rubem Braga, Iberê Camargo e Cícero Dias), prosa e poesia contemporâneas (Dyonélio Machado, Otto Lara Resende, Dalton Trevisan, Raduan Nassar, Chico Buarque de Holanda, Francisco Alvim, Adélia Prado, Orides Fontela). |
Vinicius de Moraes (1913-1980), boêmio por natureza, muito conhecido por sua produção como compositor, escreveu crônicas deliciosas sobre a vida no Rio de Janeiro e sobre a condição humana em geral. Poeta, jornalista, cantor, dramaturgo e diplomata, Vinicius de Moraes também foi um dos fundadores da Bossa Nova, nos anos 1950: “Chega de saudade”, letra de Vinicius musicada por Tom Jobim, foi considerada símbolo do movimento e eternizada no álbum de mesmo nome de João Gilberto. |
José Carlos Oliveria (1934-1986), capixaba de Vitória, atuou no Jornal do Brasil durante 23 anos. Legou-nos um conjunto de crônicas bastante expressivo, crítico e irônico, ainda pouco conhecido pelas novas gerações. Nas palavras do cronista, um autorretrato: “Sou Carlinhos Oliveira, o bem-amado, o mulherengo, o espirituoso, o imprevisível. Evtuchenko do Terceiro Mundo. Cronista das adolescentes febris de Ipanema, companheiro de viagem dos capitães da indústria, confidente de agiotas, cujas amantes se vestem em Paris e não perdem a temporada teatral de Nova Iorque. […] Carlinhos Oliveira, ninguém discute, é o derradeiro clochard;3com seu aspecto mendigo ele circula num musical colorido de Hollywood. Resta saber se o fim será feliz”. |
Stanislaw Ponte Preta (1923-1968), cujo nome verdadeiro era Sérgio Porto, foi escritor, cronista e jornalista, com um trabalho marcado pela irreverência. Seu heterônimo, inspirado no personagem Serafim Ponte Grande, de Oswald de Andrade, foi usado pela primeira vez quando colaborava para o Diário Carioca. Nascido no Rio de Janeiro, morreu precocemente aos 45 anos, vítima de um ataque cardíaco durante o intervalo de seu programa de rádio. |
ISBN | 9788551306383 |
Autores | Braga, Rubem (Autor) ; De Moraes, Vinicius (Autor) ; Sabino, Fernando (Autor) ; Campos, Paulo Mendes (Autor) ; Ponte Preta, Stanislaw (Autor) ; Oliveria, José Carlos (Autor) ; Massi, Augusto (Compilador) |
Editora | Autêntica |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2021 |
Páginas | 352 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 23,00 X 16,00 |
Distribuidora de livros e materiais para o ensino de idiomas como inglês, francês, alemão, italiano, espanhol, coreano, japonês, mandarim, hebráico entre outro idiomas do mundo, materiais didáticos, acadêmicos, literatura nacional e internacional entre outros.
Utilizamos cookies para que você tenha a melhor experiência em nosso site. Para saber mais acesse nossa página de Política de Privacidade