A construção histórica do Sete de Setembro como marco da Independência a partir de profundo estudo da cultura visual em torno do tema.
A emancipação política brasileira decorreu de um longo e conflituoso processo, desenvolvido em várias regiões do país e que teve diversos atores. Episódios esses escamoteados em favor de uma história oficial ainda muito europeia, pacífica, masculina e unificadora, que encontrou no Sete de Setembro seu mito fundador.
Tomando como ponto de partida farta coleção imagética, que tem como elemento central o famoso quadro de Pedro Américo sobre o “Grito do Ipiranga”, Lilia Moritz Schwarcz, Lúcia Klück Stumpf e Carlos Lima Junior analisam a formação complexa de nossa identidade nacional e a transformação do motivo retratado na obra de Américo em símbolo do rompimento com a Coroa portuguesa.
Das tensões do Segundo Reinado e rivalidades entre Rio e São Paulo à ditadura, chegando ao governo bolsonarista, este livro evidencia o percurso histórico que contribuiu para silenciar outras narrativas possíveis para a Independência, suscitando o que os autores chamam de “uma política de sequestros”, que tem como origem o Sudeste, os paulistas e, posteriormente, os militares.
LILIA MORITZ SCHWARCZ é professora sênior do departamento de antropologia da USP. Foi global scholar (até 2018) e atualmente visiting professor na Universidade de Princeton. É autora de, entre outros livros, O espetáculo das raças (1993), As barbas do imperador (1998, prêmio Jabuti de Livro do Ano), Brasil: uma biografia (com Heloisa Murgel Starling, 2015) e Lima Barreto: Triste visionário (2017, prêmio Jabuti de Biografia). Recebeu vários prêmios literários, como o Jabuti (sete vezes), o prêmio APCA (três vezes), o prêmio Biblioteca Nacional e o prêmio da Anpocs de livro do ano em 2019. |
Carlos Lima Junior, doutor em Estética e História da Arte pelo MAC-USP, com estágio de pesquisa pela Université de Bourgogne (França), sob financiamento da FAPESP. Pesquisador de Pós-doutorado pelo Departamento de História da Unicamp, bolsista FAPESP. Docente do curso de Especialização em Museologia, Cultura e Educação da PUC-SP. Foi curador-adjunto para a exposição Memórias da Independência no Museu Paulista da USP (2021). |
Victor Burton nasceu no Rio de Janeiro em junho de 1956. Teve seu aprendizado profissional na editora Franco Maria Ricci de Milão, Itália, onde residiu de 1963 a 1980. No Brasil, desde 1980, se dedica ao design gráfico na área editorial e de produções culturais. Já realizou mais de 3000 capas de livros e 250 projetos de livros de arte. Ganhou sete vezes o prêmio Jabuti na categoria melhor capa e quatro vezes na categoria projeto editorial. Ganhou três vezes o prêmio Aloísio Magalhães de projeto gráfico, da Fundação Biblioteca Nacional. É diretor da Victor Burton Design Gráfico que atua principalmente na área editorial e de design de exposição. |
LÚCIA KLÜCK STUMPF é professora na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e pesquisadora pós-doutoranda pelo departamento de Artes Plásticas da ECA-USP. Doutora em antropologia social pela Universidade de São Paulo com pesquisa sobre arte, raça e cultura visual no século XIX, com ênfase na visualidade da Guerra do Paraguai (1864-1870). É autora, com Lilia Moritz Schwarcz e Carlos Lima Junior, de A batalha do Avaí (2013). |
ISBN | 9786559211630 |
Autores | Lima Junior, Carlos (Autor) ; Schwarcz, Lilia Moritz (Autor) ; Stumpf, Lúcia Klück (Autor) ; Burton, Victor (Design) |
Editora | Companhia Das Letras |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2022 |
Páginas | 400 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 23,00 X 16,00 |
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