O amor proibido de Shinji, um jovem pescador, e Hatsue, a filha de um poderoso morador da ilha japonesa de Utajima. Nesta narrativa breve, de estilo cristalino, Mishima transforma o romance numa fábula de inspiração shakespeareana - impossível não associar Shinji e Hatsue a Romeu e Julieta -, que aponta para desejos e destinos universais.
O jovem pescador Shinji conhece Hatsue, uma mergulhadora de beleza inquietante, na orla da praia de Utajima, onde mora com a mãe e o irmão. Hatsue é filha de Terukishi Miyata, um dos homens mais ricos da pequena vila pesqueira japonesa.
Shinji e Hatsue se apaixonam e frustram a vontade do pai da garota de vê-la casada com Yasuo, pretendente a quem ela fora prometida. Tem início uma história de amor proibida, de desenlace imprevisível. Mar inquieto acompanha as venturas e desventuras do jovem casal, que logo faz pensar em Romeu e Julieta. No embate com os obstáculos que colocam em perigo seu amor, Shinji e Hatsue assumem feições exemplares, que os transportam do mundo do romance para o universo da fábula.
Publicado em 1954, Mar inquieto confirmou a reputação de grande narrador que Yukio Mishima conquistara com seus primeiros livros. Em contraste com as obras complexas e polêmicas que, poucos anos antes, haviam proporcionado um sucesso clamoroso ao autor - como Confissões de uma máscara e Cores proibidas -, este romance breve impressiona pela singeleza de seu tom e pela discrição de um estilo cristalino.
O livro ganhou adaptações para o cinema, a primeira delas realizada pelo diretor Senkichi Taniguchi no mesmo ano de lançamento do livro.
Grande admirador das tradições milenares da cultura japonesa, especialmente da conduta virtuosística dos samurais, Yukio Mishima - pseudônimo de Hiraoka Kimitake (1925-1970) - viveu a literatura como se fosse parte indissociável de sua existência. Além de romances, escreveu também poemas, ensaios e peças teatrais. Crítico contumaz da degradação do Japão moderno, permaneceu sempre em luta pela retomada dos valores clássicos do seu país, até cometer o suicídio, em 1970. Sua morte é emblemática de como, para ele, arte e vida não se separavam: depois de rasgar o próprio ventre com um sabre, foi decapitado por um de seus discípulos, de acordo com a tradição samurai. |
ISBN | 9788535902891 |
Autores | Mishima, Yukio (Autor) ; Gotoda, Leiko (Tradutor) |
Editora | Companhia Das Letras |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2002 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 21,00 X 14,00 |
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